6 min de leitura

Pirataria, com limites, pode ser algo positivo

Conformar-se às cópias ilegais tem um lado bom – e não só pela divulgação; vale pela precificação e pela cadeia de fornecimento

Antino Kim, Atanu Lahiri, Debabrata Dey e Gerald C. Kane
29 de julho de 2024
Pirataria, com limites, pode ser algo positivo
Link copiado para a área de transferência!

Pouco tempo atrás, a série de TV Game of Thrones (GOT), da HBO, chegou ao fim. Ao longo de oito temporadas, o programa se tornou incrivelmente popular, ao mesmo tempo que ganhou fama por ter sido o mais pirateado de todos os tempos. O final da quarta temporada serve de ilustração: nas primeiras 12 horas após a transmissão original, o episódio foi baixado ilegalmente 1,5 milhão de vezes. Ou seja, um total de 2 petabytes transferidos em apenas meio dia. Embora o aumento na pirataria em época de lançamento seja natural, o nível de interesse por cópias clandestinas de episódios antigos continuou alto, bem depois de terem sido disponibilizados oficialmente no varejo online – houve 1 bilhão de downloads ilegais só da sétima temporada de GOT. Mesmo com questões a resolver em relação a isso, a HBO parece não ter planos concretos de combater para valer os serviços de streaming ilegais. 

Essa inação por parte da HBO pode ter razões econômicas. Afinal, nosso estudo mostrou que um nível moderado de pirataria – nem muito, nem muito pouco – pode beneficiar ao mesmo tempo produtores, distribuidores/vendedores e consumidores.

Colaboração de alto impacto
Este conteúdo faz parte da edição #2 do MIT SMR Brasil.Já tem acesso? Fazer loginAssinarComprar edição
Antino Kim, Atanu Lahiri, Debabrata Dey e Gerald C. Kane
Antino Kim é professor assistente de sistemas da informação da Kelley School of Business da Indiana University. Atanu Lahiri é professor associado de sistemas da informação da Naveen Jindal School of Management da University of Texas. Debabrata Dey é professor de sistemas da informação da Foster School of Business da University of Washington, de Seattle. Gerald C. Kane é professor de sistemas da informação da Carroll School of Management, ligado ao Boston College.

Deixe um comentário

Você atualizou a sua lista de conteúdos favoritos. Ver conteúdos
aqui