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2030

Agora que você sentiu na pele o que é possível acontecer, o que vai fazer a respeito das revoluções tecnológica e biológica da próxima década? Esses são os dois eixos simultâneas das transformações em curso

Luís Rasquilha
30 de julho de 2024
2030
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Nada melhor que 2020 para falar de 2030. Isso porque fomos brindados com mudanças imensas num curto período de tempo e sentimos seu impacto. Falo apenas de covid-19, mas não apenas; eu me refiro de modo geral à aceleração de transformações que, embora mapeadas, não tinham a atenção necessária de líderes e gestores. Quem não conseguia acreditar nas projeções e tendências agora consegue.

A gestão das empresas tinha sido, até hoje, influenciada pelos princípios de gestão criados na 2ª revolução industrial, princípios esses baseados na produção em massa, que se alcança graças ao conceito de divisão de tarefas e ao uso da energia elétrica. O primeiro exemplo conhecido foi o da primeira correia transportadora em um matadouro em Cincinnati, EUA, no ano de 1870. Desde essa altura que as regras de funcionamento das empresas (com os normais ajustes) não sofreram grandes questionamentos nem alterações significativas mantendo-se fiel aos princípios de Taylor, Fayol e Ford.

Por dois séculos, a gestão foi baseada na hierarquia de decisões e funções, com elevado foco na cadeia de valor e atenção máxima ao produto, numa clara visão construída “de dentro para fora”. Apesar das diferentes mudanças que o mundo tem vivido, nomeadamente no início do século 21, as empresas têm resistido a alterar o seu modo de atuar e de pensar. Modelos mentais engessados no passado e crenças culturais do século passado têm bloqueado a evolução e a transformação dos negócios, condenando empresas um pouco pelo mundo. Chegou o momento de alterar essa realidade.

Identificada em 2016, pelo WEF (o Fórum Econômico Mundial), a 4ª revolução industrial chegou para mudar tudo. Baseada no uso de sistemas físicos cibernéticos (CPS, na sigla em inglês), dando início à era da indústria conectada e das fábricas inteligentes (smart factories). E a nova realidade tem-se expandido e alargado pela sociedade e pelo mundo, com a crescente influência da tecnologia e da conectividade.

Ninguém duvida mais que esse fenômeno crescente está alterando significativamente o comportamento dos consumidores e a dinâmica dos mercados. Dia após dia, empresas ditas tradicionais têm perdido terreno para novas entrantes, muitos delas representantes do movimento de startups, que têm vindo a alterar o modus operandi da gestão e as dinâmicas dos negócios. Um novo modelo de gestão emerge focado em novas regras e apoiado em novas variáveis de funcionamento – orientando o olhar para o cliente, utilizando para tal as abordagens emergentes da inovação, digitalização e agilidade.

A pandemia foi apenas o acelerador de tudo isso, tudo que estamos vivendo e que vamos viver, nesta e na próxima década. Especialistas em mapear futuro, cenários e tendências têm apontado caminhos claros de como a revolução tecn0lógica e a revolução biológica serão eixos simultâneos de mudança. Vivemos a maior transformação da história da humanidade apoiada em duas grandes revoluções:

1. Revolução tecnológica: resultante da evolução exponencial de machine learning, inteligência artificial e conectividade permanente. 2. Revolução biológica: Baseada nos avanços em biologia e neurociência.

Essas duas revoluções caminham para se afirmarem decisivamente e de forma massificada em nossas vidas com impactos profundos no mundo, nos negócios e em nossas vidas (pessoais e profissionais).

Chegou o momento da mudança. Quem não adotar uma nova forma de atuar, um novo modelo de gerenciar o seu negócio, terá grandes dificuldades de sobrevivência na próxima década e no futuro. Bem-vind@ a 2030.

Aproveito para deixar o convite para nosso evento Inova Day 2020, que ocorrerá online no dia 23 de outubro entre  8h e 12h30, onde serão lançados os estudos O Mundo em 2030; O Trabalho, As Profissões, O Líder e os Negócios em 2030 e A Transformação da Gestão (Business Pulse) e onde esse tema será amplamente debatido. Saiba tudo sobre o evento aqui.”

Luís Rasquilha
CEO da Inova TrendsInnovation Ecosystem e professor da Fundação Dom Cabral (FDC), Hospital Albert Einstein e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

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