Para tomar decisões mais eficazes na hora de destinar a verba de inovação, a empresa precisa minimizar vieses e envolver mais gente
No comecinho de 1962, uma banda desconhecida de Liverpool fez um teste na Decca Records. Foi rejeitada pela gravadora, que argumentou: “Não gostamos do som deles e grupos de guitarra estão saindo de moda”. Um ano e meio depois, os Beatles lançavam o primeiro álbum.
O mundo dos negócios está cheio de casos de empresas que disseram “não” a uma ideia que acabaria fazendo enorme sucesso. O oposto também é verdade. Às vezes, uma empresa investe em ideias promissoras que terminam sendo um fiasco.Decidir em que projetos inovadores seguir trabalhando e investindo é crucial – e desafiador. Os melhores projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) podem renovar linhas de produtos, processos e serviços de uma empresa, melhorando seu desempenho e competitividade. Mas determinar que ideias vão vingar e quais vão naufragar é difícil, pois o novo é caracterizado pela incerteza – tanto tecnológica como de mercado. E nossos estudos mostram que, em muitas empresas, vieses e processos problemáticos impedem a tomada de boas decisões.