Conheça mais um framework para isso, que promete abordagem mais ampla e eficaz para avaliar os aspectos internos e externos do desempenho social e de sustentabilidade de uma empresa
A pandemia, a guerra na Ucrânia e a crise climática colocaram em destaque o papel central que as empresas podem desempenhar no enfrentamento dos desafios globais. Precisamos que elas intensifiquem sua ação e contribuam, pelo bem da economia, das pessoas e do planeta. No entanto, um dos impulsionadores da cidadania corporativa – a influência do investidor – é limitado pelas abordagens existentes para avaliar o desempenho social e ambiental de uma empresa. Os frameworks predominantes são muito restritos e não atendem plenamente às principais preocupações dos stakeholders. Em geral, as avaliações ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) concentram-se em questões operacionais internas, como relações trabalhistas e sustentabilidade da cadeia de fornecimento, mas não consideram totalmente o impacto que os produtos ou serviços de uma empresa podem ter sobre os stakeholders externos. Alguns frameworks são focados no impacto externo, mas falham em considerar a forma como as empresas tratam os funcionários.
O impacto social e ambiental de uma empresa é multifacetado. Considere a Tesla, que fabrica veículos elétricos que reduzem as emissões, mas enfrenta questionamentos sobre suas práticas trabalhistas. Do ponto de vista do investimento de impacto, a empresa pode alcançar notas altas, mas recebe notas mais baixas do ponto de vista ESG, sem que qualquer das medições capte o quadro completo. A frustração com ambas as abordagens está aumentando: a recente remoção da Tesla do S&P 500 ESG Index levou o CEO, Elon Musk, a descrever as classificações ESG como “um golpe ultrajante”. Precisamos de um formato integrado, capaz de avaliar o impacto de maneira a considerar as facetas externas e internas do desempenho social e ambiental de uma empresa, se quisermos que os investidores exerçam uma influência significativa.