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Agilidade traz mais resiliência e competividade

Estudo brasileiro comprova essa relação, além de indicar que os níveis de integração e de flexibilidade dos processos podem ajudar as empresas tanto quanto as tecnologias da informação

Marcelo Bronzo Ladeira, Paulo Renato de Sousa, Marcos Paulo Valadares de Oliveira, Marcelo Werneck Barbosa e Paulo Tarso Vilela de Resende
29 de julho de 2024
Agilidade traz mais resiliência e competividade
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> A PERGUNTA É:>> Como uma empresa pode ficar mais resiliente (a rupturas como a da atual pandemia, inclusive) e competitiva?

Agilidade. Essa palavra – que para muitos explica o sucesso da Amazon e da Netflix e o fracasso da Blockbuster e da Toys “R” Us – quase sempre vem associada ao uso intensivo das novas tecnologias de informação nos processos de produção e logística das empresas. De fato, as novas tecnologias contribuem para uma maior agilidade, à medida que favorecem objetivos estratégicos como a integração de fluxos informacionais e de decisão nas cadeias de demanda, ou a redução de lead times nos processos de engenharia simultânea e rápida prototipagem, necessários em mercados inovadores e de produtos com curto ciclo de vida. Muitos estudos também destacam o papel relevante das TIs para a agilidade na cadeia de fornecimentos das empresas. Mas, indo além do uso de tecnologias, será possível impulsionar níveis ainda superiores de agilidade? Como fazer com que a agilidade crie vantagens competitivas duradouras para as empresas? E as empresas, especialmente no Brasil, realmente percebem a necessidade – e/ou as vantagens – de ser mais ágeis?

Para responder a essas perguntas, realizamos uma pesquisa, desenvolvida em conjunto pela Fundação Dom Cabral e pelo Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Logística da Universidade Federal de Minas Gerais (Nipe-Log/UFMG). A literatura de gestão sugere que as empresas mais ágeis conseguem antecipar-se a eventos de ruptura – tais como a pandemia da Covid-19 – ou, pelo menos, são mais rápidas e efetivas em mitigar seus efeitos. Embora a pesquisa tenha sido realizado antes da pandemia, pode ser especialmente útil no atual momento.

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Marcelo Bronzo Ladeira, Paulo Renato de Sousa, Marcos Paulo Valadares de Oliveira, Marcelo Werneck Barbosa e Paulo Tarso Vilela de Resende
Marcelo Bronzo Ladeira é professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e atua nos programas de doutorado e mestrado da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Paulo Renato de Sousa tem mestrado profissional em gestão contemporânea das organizações e é professor e pesquisador do Núcleo de Logística, Supply Chain e Infraestrutura da Fundação Dom Cabral. Marcos Paulo Valadares de Oliveira é Ph.D com pós-doutorado pela North Carolina State University, EUA. Bolsista de produtividade CNPq, atua em gestão de riscos em cadeias de fornecimento com a aplicação de business analytics em operações. Marcelo Werneck Barbosa é professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), doutorado em administração pela UFMG, mestrado e graduado em ciências da computação pela UFMG, com atuação em analytics e big data, gestão de operações e gerência de projetos, entre outras áreas. Paulo Tarso Vilela de Resende é professor do mestrado profissional em administração da FDC, Ph.D pela University of Illinois, EUA. Pesquisador e coordenador do Núcleo de Logística, Supply Chain e Infraestrutura da FDC.

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