Estudo brasileiro comprova essa relação, além de indicar que os níveis de integração e de flexibilidade dos processos podem ajudar as empresas tanto quanto as tecnologias da informação
> A PERGUNTA É:>> Como uma empresa pode ficar mais resiliente (a rupturas como a da atual pandemia, inclusive) e competitiva?
Agilidade. Essa palavra – que para muitos explica o sucesso da Amazon e da Netflix e o fracasso da Blockbuster e da Toys “R” Us – quase sempre vem associada ao uso intensivo das novas tecnologias de informação nos processos de produção e logística das empresas. De fato, as novas tecnologias contribuem para uma maior agilidade, à medida que favorecem objetivos estratégicos como a integração de fluxos informacionais e de decisão nas cadeias de demanda, ou a redução de lead times nos processos de engenharia simultânea e rápida prototipagem, necessários em mercados inovadores e de produtos com curto ciclo de vida. Muitos estudos também destacam o papel relevante das TIs para a agilidade na cadeia de fornecimentos das empresas. Mas, indo além do uso de tecnologias, será possível impulsionar níveis ainda superiores de agilidade? Como fazer com que a agilidade crie vantagens competitivas duradouras para as empresas? E as empresas, especialmente no Brasil, realmente percebem a necessidade – e/ou as vantagens – de ser mais ágeis?
Para responder a essas perguntas, realizamos uma pesquisa, desenvolvida em conjunto pela Fundação Dom Cabral e pelo Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Logística da Universidade Federal de Minas Gerais (Nipe-Log/UFMG). A literatura de gestão sugere que as empresas mais ágeis conseguem antecipar-se a eventos de ruptura – tais como a pandemia da Covid-19 – ou, pelo menos, são mais rápidas e efetivas em mitigar seus efeitos. Embora a pesquisa tenha sido realizado antes da pandemia, pode ser especialmente útil no atual momento.