Que tal sua promessa de ano-novo ser colocar mais inteligência artificial nas suas campanhas? Experimentalmente, brinque de martech e confira os resultados
Ao longo dos últimos anos, muitos foram os fatores que impactaram profundamente a forma como as pessoas interagem e o mercado funciona – e com o marketing não foi diferente. Hoje, é impossível falar e trabalhar com marketing separando-o da tecnologia e observando todos as potenciais mudanças e melhorias que ela pode proporcionar ao setor.
A tecnologia no marketing está transformando uma série de elementos dentro das empresas. O conceito martech – interseção entre marketing e tecnologia – existe para mostrar estratégias ou ferramentas que os profissionais da área utilizam para melhorar a performance de diversas iniciativas. De acordo com a _Forbes Insights_, é esperado um aumento de 40% da receita de empresas que agregam tecnologia às suas decisões e ações de marketing, em relação às demais. E é nesse campo que a Inteligência Artificial vai encontrar espaço, gerando novas oportunidades de negócios e otimização de processos.
Termo criado em 1950 por Alan Turing e, posteriormente, explorado por pesquisadores nos anos 60 que investigaram a capacidade dos computadores em imitar as ações e raciocínios humanos em jogos simples, a Inteligência Artificial (ou apenas IA é a possibilidade de máquinas tomarem decisões, aprenderem e performarem tarefas de maneira similar a um ser humano. Munidos dessa tecnologia, computadores podem ser treinados para exercer trabalhos específicos, processar grandes quantidades de dados e, até mesmo, reconhecer determinados padrões nessas atividades.
Ou seja, Inteligência Artificial combina grande quantidade de dados com processamento rápido e algoritmos inteligentes, permitindo à máquina aprender padrões e informações. Com vasta possibilidade de estudo, a IA engloba outras tecnologias, como _machine learning, deep learning,_ rede neural, computação cognitiva, visão computacional e processamento de linguagem natural.
Presente em _chatbots_, assistentes domésticos e carros autônomos, a Inteligência Artificial é uma das tecnologias mais promissoras dos próximos anos, mas exerce hoje um papel fundamental na indústria. Segundo a consultoria norte-americana Gartner, o número de empresas que implementaram IA em seus processos cresceu 270% nos últimos quatro anos. Já de acordo com a Forrester, empresa de pesquisa de mercado, até o ano que vem, as empresas que dominarem a IA vão ganhar $1.2 trilhão por ano em cima daquelas que se mantiverem à parte.
A Digital Retail Innovation Report, pesquisa com varejistas dos EUA e do Reino Unido, mostrou que mais de um quarto dos profissionais de marketing estão usando IA em suas iniciativas publicitárias, e 13% a utilizam para alimentar chatbots. Além disso, recente estudo da Salesforce mostrou que 67% dos consumidores de 16 países acreditam que a IA será capaz de oferecer novos produtos e serviços com maior frequência.
Mas o que esses números mostram? Oportunidade.
A inteligência artificial aplicada ao marketing possibilita e viabiliza um conjunto de recursos, como:
Todos esses componentes podem ser explorados de diversas maneiras, com ferramentas específicas, analisando-as conforme as fases de relacionamento entre o cliente e uma empresa.
Embora o uso de IA não necessariamente seja uma novidade, há alguns pontos que justificam porque grandes empresas e startups estão apostando nessa tecnologia como um diferencial competitivo. Com um alto poder computacional, a IA torna possível oferecer uma infraestrutura mais robusta e por um custo menor; com o uso de Big Data, mais dados são tratados e estruturados, com meios de armazenamento e recuperação rápida e velocidade de processamento. Esses fatores permitem não apenas a diminuição dos custos e aumento da capilaridade das soluções, mas também possibilitam que essas inovações cheguem em empresas de todos os tamanhos.
Mas diante de tantas inovações que a tecnologia permite, em que a máquina pode se aproximar à ação humana, diminuindo esforços e otimizando processos, será que a Inteligência Artificial tomará o lugar do homem? Não necessariamente.
Os seres humanos seguem fundamentais em boa parte das etapas, principalmente nos campos que envolvem criatividade, empatia e na condução e gestão de campanhas e no relacionamento com o cliente. Não é preciso alarde quanto a uma possível “revolução das máquinas” contra os humanos – a IA chegou, e se consolida, como estratégia para quem quer se destacar daqui pra frente e está disposto a inovar o seu mercado.”