Segurança e compliance guiam investimentos em governança de dados

É fato que a governança de dados é um componente muito importante dentro de uma estratégia de dados pensada para a inteligência artificial (IA). No entanto, as organizações que possuem iniciativa formais de governança ainda são minoria – apenas 46% delas, de acordo com um recente estudo conduzido pelo MIT em conjunto com o SAS.

Quando consideradas apenas aquelas que já utilizam soluções de IA, por outro lado, esse índice salta para 74% e 62% entre organizações com projetos abrangentes de IA ou com projetos pontuais, respectivamente.

Intitulado “How AI changes the rules”, o levantamento ouviu 2.200 líderes de negócio, gerentes e especialistas de mercado em todo o mundo, e indicou que todos os entrevistados, incluindo aqueles em processo de adoção de IA, ainda baseiam decisões de governança de dados em segurança e compliance, deixando em segundo plano questões relacionadas a acesso, ética e qualidade. Confira a imagem abaixo:

A necessidade de implementar novas tecnologias tem elevado as iniciativas relacionadas a qualidade, governança e acessibilidade da informação. Segundo a análise, 64% das organizações têm investido mais em segurança de dados, enquanto 61% afirmam ter aumentado as ações relacionadas à qualidade dos dados. Privacidade e acessibilidade surgem em terceiro lugar, com 58%, seguidas por governança de dados (57%).

Quem é responsável pela governança de dados?

A resposta a essa questão varia: em cerca de 40% das organizações, a responsabilidade é do CIO ou CTO. Outros 60% dos entrevistados colocam a governança de dados sob o guarda-chuva de outras lideranças. O estudo indica que mesmo nas organizações em que a responsabilidade é compartilhada entre a área de TI e outros departamentos, as estruturas e os sistemas necessários para a governança dos dados passa inevitavelmente pela agenda dos líderes de tecnologia. No entanto, independentemente de quem fica responsável, diferentes aspectos da governança de dados são atribuídos e distribuídos a grupos, centralizados ou colocados sob os cuidados de líderes de negócios.