As empresas devem se organizar para lidar com os riscos, tanto os conhecidos como os desconhecidos
A pandemia inaugurou uma era de falhas e imprevisibilidade da cadeia de fornecimento que vem desafiando severamente o planejamento e os processos de muitas empresas. A covid-19 revelou o quão longe as práticas mais comuns estão do ideal. Uma pesquisa do MIT Center for Transportation and Logistics realizada no início da pandemia revelou que apenas 16% das organizações tinham uma unidade para lidar com emergências, o que seria recomendável para dar conta de interrupções não planejadas no fluxo físico de mercadorias.
A mesma pesquisa descobriu que o maior desejo dos gestores de supply chain era reforçar seus protocolos e ferramentas de gerenciamento de riscos, o que não chega a ser uma surpresa. O problema com iniciativas como essa, baseadas em crises, é que elas são tão eficazes quanto a capacidade da organização de usá-las. Seu sucesso requer o desenvolvimento sistemático de capacidades para gerenciar interrupções no fornecimento. Essas capacidades são combinações de pessoas, políticas, processos e tecnologias que garantem que as empresas possam não apenas planejar e responder a riscos comerciais e operacionais conhecidos, mas também – e mais importante – gerenciar ameaças novas, mas identificáveis, e suas consequências.