Existe uma confusão comum entre a IA geral e a IA específica. Uma já faz parte do nosso cotidiano. A outra, muito mais poderosa, pertence a um futuro não tão distante
Em 2023, as expectativas quanto às reais possibilidades de aplicações do ChatGPT (e seus similares) se tornaram maiores do que a tecnologia realmente podia oferecer naquele estágio de maturidade (tema sobre o qual falei na Review nº 21). Isso resultou numa taxa de adoção sem precedentes, movida ora por palpites, ora por oportunidades reais e concretas, o que inundou de ruído os canais de informação e deixou o grande público sem saber o que era conjectura ou fato.
Acreditar nessa suposta superinteligência artificial, capaz de fazer tudo e automatizar várias atividades, criou um frenesi entre executivos, empreendedores, investidores e profissionais liberais de vários setores, como o jurídico. Também disparou em muita gente a sensação de medo de ficar para trás – “fomo”, no acrônimo em inglês.