Startup retroalimenta um comitê interno com a participação de colaboradores para pensar em alternativas para pautas que envolvem equidade de gênero, contratação de negros, LGBTQIA+
Com a bandeira de que diversidade deve ser uma meta contínua nas empresas, bem como uma ação conjunta entre os colaboradores para uma visão integrada, a Kenoby, startup que detém um software para gestão do recrutamento e seleção, coordena ações internas com o propósito de elevar o patamar das discussões sobre diversidade e propiciar a contratação de pessoas diversas na própria casa e em outras empresas.
Com o objetivo de levar mais profundidade e conteúdo para influenciar a tomada de decisões, em menos de dois anos, a empresa produziu centenas de materiais e realizou lives sobre o assunto com especialistas. Em complemento, a hrtech já mostrou cases e apresentou o tema no evento que é referência para o RH brasileiro, o Kenoby Talks.
Mesmo em um ano sensível para contratações devido à pandemia de covid-19, a empresa presentatividade na contratação de pessoas negras (parda e preta) comparado ao ano anterior. Hoje, 52% dos profissionais são mulheres no time, 35% LGBTQIA+, 3% trans, 1% indígenas e 3% amarelo (asiáticos). Além disso, ampliou em 25% a liderança diversa (mulheres, LGTB e negras). Para 2022, a startup está em processo de redesenho do plano de gestão e gente.
Está abrindo frentes novas de contratação abrangendo profissionais com deficiência e 50+, pois percebeu que a maioria dos colaboradores tinha uma faixa etária de até 23 anos, e isso estava barrando a entrada de pessoas mais seniores. Fizeram uma revisão profunda e passaram a ampliar o escopo na busca por esses talentos e inclui-los novamente ao mercado.
Ainda sobre o tema diversidade, desde 2020, ocorrem quinzenalmente encontros entre os integrantes do comitê Kenobee. Formado por 26 pessoas, dentre eles, embaixadores, as rodas de conversas são conduzidas pelos próprios colaboradores da empresa.
O objetivo é construir uma matriz sólida de conteúdo, pesquisa, sugestões e o compartilhamento de visões plurais para tornar as empresas mais diversas e inclusivas. Já foram dedicadas mais de 110 horas em prol desse projeto que gera discussões de ideias e participação do grupo de afinidades.
Assim, o Kenobee, como é chamado, nasceu para desconstruir, remodelar e inovar a startup, bem como estender entre todos, um lugar mais expressivo, além de contribuir para uma empresa mais consciente, socialmente responsável e acolhedora. O senso de pertencimento é a união para ampliar o número de ocupações em cargos com competências que vão muito além de origem, etnia, religião, padrão estético, idade, classe social, sexualidade e gênero.
Os objetivos principais incluem compreender as necessidades de nossas diversidades, promover debates e educar os ‘kenobers’ para que todos, independentemente de suas particularidades e pluralidades, tenham sempre oportunidades iguais e um ambiente de respeito.
Dentre os pilares modelados para alcançar essa meta, os integrantes do comitê estipularam algumas ações como:
– Desenhar e aplicar um plano de diversidade e inclusão alinhado com a estratégia geral da empresa;
– Planejar e conduzir grupos de afinidade, oferecendo aconselhamento e treinamento voltado às questões específicas daquela demanda;
– Realizar uma agenda de diversidade e inclusão, criar materiais de comunicação, cartilhas, workshops, rodas de conversa e módulos de aprendizado para toda a empresa;
– Identificar fontes e criar estratégias para atrair candidatos diversos.
Os encontros são divididos por temáticas “aprendizados de vida”, em que são realizados webinars de temas diversos em prol diversidade e inclusão; “cultura diversa” muito ligado às questões de fit cultural e bem-estar; “representatividade e pluralidade”, com o objetivo de provocar mudanças internas; e “evolução contínua” de carreira. Aqui é possível acompanhar todo conteúdo gerado pelos integrantes do comitê.
A hrtech acredita que a diversidade precisa estar no cerne das decisões, na cultura e no DNA das empresas. É uma jornada que não tem linha de chegada e um final. As pessoas devem estar continuamente incomodadas em como melhorar o programa de diversidade interno e a responsabilidade social, em como poderiam agregar conhecimento, vivências.
Por exemplo, não basta apenas contratar jovens negros se, no futuro, não permitir que esses concorram a cargos de liderança, em pé de equidade com profissionais brancos. A discussão precisa ser mais profunda e não rasa, para que as mudanças ocorram de verdade e em plenitude.
Por fim, neste ano, a marca renovou sua identidade por meio de projeto de rebranding assinado pela agência de design Voadora, comandada por Fernando Degrossi, o mesmo criador e vencedor da embalagem global de 140 anos da Heineken, em 2013.
A Hrtech entendeu que precisava de uma marca que representasse integralmente seus valores, visão de mercado e de mundo, já que lidam, diariamente, com pessoas, com o recrutamento de talentos. Chegaram à conclusão de que, a identidade, portanto, deveria ser mais abrangente, com mais cores vibrantes e, definitivamente, uma marca que expressasse o mundo das pessoas diversas.
Cofundada por Marcel Lotufo, em 2015, e atualmente CEO da hrtech, atende mais de 700 clientes como McDonald’s, Leroy Merlin, KPMG, Kroton, Hering, Centauro e Toyota e outras. Com uma metodologia proprietária que utiliza a ciência da psicologia organizacional para conectar os talentos às empresas, o propósito é construir igualdade de oportunidades de empregos. Seguindo a pauta da diversidade e inclusão no mercado, a Kenoby procurou combinar a promoção de 200 mil talentos em 1 mil empresas dentro e fora do Brasil. “