IA como alavanca do seu negócio

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Editorial

Permita-me começar esta mensagem por três fatos bombásticos.

1º) Em fevereiro último, aconteceu nos Estados Unidos o primeiro debate entre um robô e seres humanos. O robô, Think 2019, é o novo Deep Blue: em vez de jogar xadrez, ele correlaciona fatos para criar argumentos e defender um ponto de vista, algo similar à cognição humana. Dessa vez, a vitória foi humana; da próxima… Tais testes devem levar à próxima geração de produtos de IA que emulam o raciocínio humano, para produzir assistentes virtuais que ajudarão as empresas a tomar decisões complexas sustentadas por argumentos.

2º) A Microsoft acaba de investir US$ 1 bilhão no laboratório de pesquisas OpenAI, de San Francisco, o mesmo em que Elon Musk já investiu, dedicado a criar uma inteligência artificial genérica que seria mais segura e democrática que as IAs de Google e Amazon. Vale lembrar que o OpenAI era uma entidade sem fins lucrativos, porém agora não é mais.

3º) A Argentina está trabalhando para se tornar a líder em IA da América Latina já por volta de 2050, e o governo, as empresas e a academia de lá têm iniciativas conjuntas, concretas, para tanto. O trunfo deles? Os talentos humanos.

Se os dois primeiros fatos não mexeram com os brios do leitor, o terceiro certamente deu uma desestabilizada – não bastasse o futebol do Messi… Brincadeiras à parte, para os gestores brasileiros, esses não são só fatos; são ameaças. É como se encontrássemos tigres em nossos caminhos de negócios.

Três tigres tristes, esfomeados, e eles, além de trava-línguas, seriam uma analogia realista, pois poderiam devorar nossa competitividade. O bom cenário é tais fatos nos colocarem para correr na velocidade em que já deveríamos estar correndo rumo à IA. O Report especial, na capa, traz o conhecimento acelerador.

Por exemplo, inclui artigo de Michael Schrage, que será o speaker do nosso evento FRONTIERS, em outubro, sobre estratégias de IA, apontando onde muitos erram e como acertariam mais.

Um pessimista diria talvez que alta velocidade, no Brasil, é só descendo ladeira. Mas algumas histórias brasileiras que contamos nesta revista provam, com realismo, que também podemos ser velozes montanha acima. Ou Arthur Debert não teria cofundado o mais novo unicórnio do País, a Loggi, como ele compartilha conosco na seção Insights. Ou o Hospital Israelista Albert Einstein não estaria inovando em série tendo o digital como eixo, conforme seus líderes nos revelam. Ou não haveria nestas plagas a ciência empreendedora que você conhecerá no texto de três jovens pesquisadores determinados a conectar cientistas e mercado. Ou o corporate venture não evoluiria por aqui, como se vê na análise que os professores Marcelo Nakagawa e Guilherme Ary Plonski, do Insper e da Universidade de São Paulo, fazem da mais nova pesquisa sobre o assunto.

Nossa edição é trimestral; aqui não tem conteúdo dispensável. O artigo sobre turnarounds com M&A é obrigatório. O artigo sobre a (re)conciliação entre cultura digital e cultura de empresa tradicional é um presente. O artigo de Julian Birkinshaw e coautores sobre os profissionais mais velhos tem o poder de encerrar a ruidosa discussão entre as gerações.

Uma sugestão adicional? Leia todas as próximas páginas e, depois, vá fazendo a leitura digital estendida, semanal, proposta na newsletter Xtended.

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Adriana Salles Gomes

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