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Evite subcontratações indesejáveis – com dados

Com analytics e big data, é possível as empresas predizerem práticas irregulares de subcontratação em pelo menos 75% dos casos. Além disso, pagar preços mais justos e adotar mais três práticas podem reduzir significativamente as chances de tais irregularidades ocorrerem

Felipe Caro, Leonard Lane e Anna Sáez de Tejada Cuenca
30 de julho de 2024
Evite subcontratações indesejáveis – com dados
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Nunca foi tão importante para uma marca saber quem, exatamente, fabrica seus produtos. Um exemplo: reportagem do jornal britânico Sunday Times, em meados de 2020, revelou que, em meio à pandemia de covid-19, havia operários produzindo roupas para a marca de “ultrafast-fashion” Boohoo ganhando menos do que o salário mínimo no Reino Unido, em condições precárias e com protocolos de segurança mínimos. A Boohoo alegou que a fábrica não era um fornecedor direto, mas seu valor de mercado caiu mais de US$ 2 bilhões após a notícia.

Como essa empresa descobriu, um fornecedor pode causar sérios danos à reputação e à saúde financeira da empresa, e a natureza da cadeia de fornecimento moderna – global, complexa e em geral opaca – só aumenta esse risco. Empresas que terceirizam a produção volta e meia descobrem que fornecedores recorrem a redes de subcontratados, muitas vezes sem a ciência ou a autorização do comprador. Para piorar, as condições de trabalho desses subcontratados tendem a ser precárias, com práticas laborais reprováveis e violação de normas sanitárias e ambientais.

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Felipe Caro, Leonard Lane e Anna Sáez de Tejada Cuenca
Felipe Caro é professor de gestão de decisões, operações e tecnologia na Anderson School of Management, da UCLA. Leonard Lane é professor sênior de estratégia na Paul Merage School of Business, da University of California, Irvine. Anna Sáez de Tejada Cuenca é professora assistente de gestão de produção, tecnologia e operações na IESE Business School.

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