O irmão do Elon Musk conta que ele lia dois livros por dia. Não sei se é verdade, mas eu e Pedro (Nascimento, nosso CEO) estamos na corrida para ler metade do que Bill Gates lê por ano: 25 livros (Gates lê 50). O bom é que, se considerarmos os artigos desta revista, que são como livros só que bem objetivos, vencemos Gates – mas isso sem incluir, é claro, a leitura da MIT Sloan Review por ele… risos.)
Perdão pelo “small talk” introdutório, mas chegamos à última edição do primeiro ano de vida da MIT Sloan Review Brasil e estamos em festa! Trago para reflexão um conceito explorado num livro, Escravidão , de Laurentino Gomes, o primeiro de três volumes e minha principal leitura atual. Gomes cita a africanista Irene Gala, segundo a qual há três tipos de olhares para os negros ex-escravos no Brasil: os olhares negros (que veem esses negros como protagonistas na história), os olhares brancos (que realçam o papel dos brancos) e os olhares atentos. Estes “assimilam a complexidade” dos outros dois e se dispõem a “oferecer uma compreensão mais ampla e sutil das relações Brasil–África”.