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A Nasa tem plano A, B e C para salvar o planeta Terra

A agência espacial norte-americana estuda planetas. A Terra é um planeta. Então, se os cientistas da Nasa atribuem a ocorrência do aquecimento do planeta Terra à ação do ser humano, vale a pena pensar a respeito. E agir. Quatro tecnologias podem ajudar

Carlos de Mathias Martins
29 de julho de 2024
A Nasa tem plano A, B e C para salvar o planeta Terra
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_Quod erat demonstrandum_ é uma expressão em latim que significa “como se queria demonstrar”. É comum encontrá-la ao final de uma demonstração matemática ou solução de um problema com a abreviatura Q.E.D. ou, na versão em português, C.Q.D.

Na minha rotina de empreendedor em cleantech invariavelmente sou obrigado a defender o caráter antropogênico das mudanças climáticas. Nos meus embates intelectuais, as evidências cientificas encontradas nos relatórios da ONU e propaladas na grande mídia nunca me bastaram. Apenas comecei a vencer esta guerra infinita contra os céticos das mudanças climáticas no momento em que passei a utilizar um _argumentum ad verecundiam_: a Nasa estuda planetas. A Terra é um planeta. Os cientistas da Nasa atribuem a ocorrência do aquecimento do planeta Terra à ação do ser humano. C.Q.D.

Em homenagem à Nasa cuja autoridade não me deixa perder na argumentação contra os negacionistas do clima, segue abaixo uma shortlist de tecnologias de ficção cientifica que podem, no futuro, mitigar os impactos das mudanças climáticas no planeta Terra:

1. SATÉLITE DE ENERGIA SOLAR: é um dispositivo orbital geoestacionário dotado de painéis capazes de captar energia solar. A uma determinada distância da sombra projetada pela Terra, o espaço sideral é permanentemente atravessado pela luz e energia do sol. A energia captada pelo satélite é então convertida em micro-ondas e transmitida à uma estação receptora localizada na Terra. Por fim, esta energia é convertida em eletricidade e distribuída pela rede elétrica terráquea.2. RAIO PROPULSÃO: também conhecida como propulsão de energia dirigida, esta tecnologia baseia-se fundamentalmente na utilização de um feixe de raio laser ou raio de ondas eletromagnéticas para impulsionar uma aeronave. Na medida em que, conceitualmente, a fonte de energia está localizada em base remota, a aeronave não precisa queimar combustível – tipicamente de origem fóssil – para propulsão.3. HIDROGÊNIO METÁLICO: é uma fase do hidrogênio na qual este elemento químico exposto à temperatura ambiente se comporta como condutor elétrico com características de supercondutividade. A supercondutividade é uma propriedade física intrínseca de certos materiais capazes de conduzir eletricidade de maneira muito eficiente.4. ENERGIA DE PONTO ZERO: também conhecida como energia do vácuo, é considerada como fonte ubíqua e infinita de energia – caso controlada. Essencialmente, a energia de ponto zero é a energia mínima armazenada em um sistema quântico – ou seja, em um sistema que obedeça às leis da mecânica quântica.

As tecnologias de raio propulsão, hidrogênio metálico e energia de ponto zero são altamente disruptivas e caso viabilizadas poderiam contribuir significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre. As três poderiam fazer parte de um eventual plano A no combate às mudanças climáticas. A tecnologia de satélite de energia solar está mais próxima das inovações associadas à geoengenharia – que poderiam ser consideradas um plano B, caso todas as iniciativas do plano A falhassem. Existe, entretanto, uma iniciativa que embarca diversas tecnologias dos planos A e B e poderia ser eventualmente considerada um plano C para a humanidade: colonização do espaço sideral. A Nasa está envolvida em todas.

_Alea jacta est._

Crédito da imagem: Shutterstock

Carlos de Mathias Martins
Carlos de Mathias Martins é engenheiro de produção formado pela Escola Politécnica da USP com MBA em finanças pela Columbia University. É empreendedor focado em cleantech.

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