Três tendências estão reformulando a estratégia global e as operações das maiores empresas do mundo
As decisões quanto à presença geográfica de uma empresa no exterior são cruciais para os líderes de qualquer negócio. Entrar em um mercado estrangeiro requer muitos recursos e um forte compromisso para esse passo dê certo. Da mesma forma, decidir implantar uma unidade fabril em outro país implica em seleção cuidadosa do destino escolhido, e a própria estrutura da empresa é impactada pela abertura de uma filial fora de casa.
A direção das companhias está sujeita a dois erros de avaliação ao não atentarem para a competição geográfica. Primeiro, o de supervalorizarem o compromisso com regiões das quais seria melhor se retirarem; segundo, o de perderem oportunidades em outras regiões. Ao se decidirem pelo país ou região equivocados, tornam suas empresas menos resilientes e enfraquecidas perante desafios globais.Ao longo de 2020, surgiram visões radicalmente opostas sobre o futuro da globalização e as mudanças na geografia que viriam após a pandemia. De um extremo, alguns observadores previram o fim da globalização e um forte declínio das atividades internacionais. Na outra ponta, outros vaticinaram um rápido retorno à circulação pré-pandemia, na sequência da vacinação em larga escala em todo o mundo. Em minha percepção, no entanto, ambas as visões estão enganadas.