Cada vez mais empresas estabelecem parcerias para atingir seus objetivos estratégicos. Mas se elas negligenciarem a governança podem pôr em riscoas joint ventures e seus stakeholders
As empresas estão formando joint ventures a uma taxa sem precedentes, em uma variada gama de segmentos econômicos. JVs e outros modelos de parceria são atrativos porque podem tornar os negócios mais sustentáveis e ampliar o acesso a capacidades, capital e escala. A Pepsico juntou-se à Beyond Meat para desenvolver e distribuir salgadinhos e bebidas com proteínas sustentáveis. A General Motors entrou em mais de 10 JVs só nos últimos dois anos, incluindo uma com a Plug Power, criada para desenvolver células de hidrogênio para abastecer veículos leves. No mundo todo, a criação de joint ventures mais que dobrou em dois anos, ultrapassando a quantidade de fusões e aquisições no mesmo período.
Ao mesmo tempo que joint ventures podem contribuir para o aumento de resultados e permitir novas estratégias de crescimento, também tornam os stakeholders mais expostos a um risco às vezes difícil de ser gerenciado. Isso acontece particularmente naquelas JVs em que não há um participante claramente majoritário. Ao longo do tempo, joint ventures estiveram no centro de inúmeros escândalos corporativos, erros e desastres, como esquemas de propina, violação de leis antitruste, incidentes ambientais, prejuízos à saúde pública e atentados contra direitos humanos. E da mesma forma que as grandes companhias globais buscam expandir-se por meio de JVs, muitas escolhem parceiros não tradicionais – indústrias disruptivas, fundos soberanos, startups bancadas por venture capital e empresas estatais em países menos desenvolvidos, o que faz com que a gestão de risco por meio de uma boa governança se torne mais complexa e necessária.