Ferramentas levam a mais ação em “dei”
Existe o Brasil de cem empresas, com seus respectivos ecossistemas, e o Brasil de todas as outras. Quando o assunto é diversidade, essa é a conclusão a que chegamos depois de contabilizar as organizações signatárias dos principais fóruns desse tema no mercado, como a Rede Empresarial de Inclusão Social (Reis), o Movimento Mulher 360, o Ceert – Equidade racial e de gênero e o Fórum de Empresas LGBTI+, entre outros. Essas cem empresas já entenderam que a inclusão de grupos minorizados é o certo a fazer e o melhor para os negócios e que, para efetivamente avançarmos nessa agenda, é preciso mudar as culturas organizacionais. Porém, até nelas há um gap em relação às maneiras de implementar a visão estratégica. “É preciso definir como, e com quais ferramentas, garantiremos que a cultura inclusiva aconteça”, diz Djalma Scartezini, vice-presidente do Instituto EY, senior manager Latam Diversity, Equity & Inclusion e membro da Reis.
O especialista traz boas e más notícias. As boas contam que as áreas de diversidade se disseminaram no meio corporativo: “no início de 2015, quando eu assumia a primeira cadeira de diversidade na carreira, tinha no mercado seis pares”. Contam que recentemente houve uma grande onda de contratações de profissionais negros para todas as posições, incluindo líderes de diversidade, e a criação de “banco de CVs para pessoas negras” como já havia para pessoas com deficiência.