Elas impulsionam algumas das companhias mais valiosas do mundo, mas será cada vez mais difícil capturar e monetizar seu potencial de disrupção
As companhias de capital aberto mais valiosas do mundo, incluindo as primeiras a alcançarem a casa dos trilhões de dólares de market cap, foram construídas sobre plataformas digitais que reúnem duas ou mais categorias de participantes de um mercado e crescem por efeito de rede. Situam-se no topo dessa lista Apple, Microsoft, Alphabet (a empresa-mãe da Google) e Amazon. Outras, como Facebook, Alibaba e Tencent, não se posicionam longe das quatro primeiras. A Apple sozinha ultrapassou os US$ 2 trilhões de valor de mercado em agosto de 2020 e as outras estão a caminho de repetir o feito, mais dia, menos dia.
Plataformas são populares entre empreendedores e investidores de capital de risco. Numa lista de mais de 200 unicórnios (startups avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão) que vimos em 2017, estimamos que 60% a 70% delas eram negócios baseados em plataformas. Isso incluía empresas como Ant Financial (afiliada do Alibaba), Uber, Didi Chuxing (dona da 99), Xiaomi e Airbnb. E essa proporção não deve ter mudado.