Tendências globais de negócios para focar ainda esse ano – parte 2
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Na terceira parte de análise do negócio de tendências, aponto como as marcas podem gerar valor tendo como base o comportamento do consumidor como fonte de informação
Luís Rasquilha
17 de Fevereiro
As tendências são por vezes consideradas algo etéreas devido ao seu elevado grau de intangibilidade e, por isso, difíceis de entender e percepcionar em termos do seu real valor de aplicação. No entanto, cada vez mais as tendências são uma fonte de inegável valor para as marcas devido à sua importância efetiva em:
Os consumidores são incrivelmente poderosos e têm um impacto massivo na sociedade e, por consequente, nos negócios. O que os consumidores fazem, como se comportam e o que os afetas, não só nos negócios, mas a sociedade no seu todo, são a base de ativação do circuito econômico.
As empresas estão constantemente tentando “adivinhar” o gosto dos consumidores para irem ao encontro das suas necessidades. Apenas 56% de 11 mil novos produtos lançados por 77 empresas diferentes continuam no mercado 5 anos depois; 83% de novos produtos falharam nos seus objetivos de marketing. E falham por várias razões: design, comercialização e financiamento (fontes acadêmicas de pesquisa).
As falhas mais comuns estão centradas diretamente nos consumidores: falta de foco e entendimento da satisfação da necessidade. Para evitar estas falhas, é necessário compreender as necessidades dos consumidores e como essas mesmas necessidades estão mudando.
As empresas podem reduzir drasticamente o insucesso de serviços, produtos e campanhas, com um simples panejamento que tenha a ver com o pensamento e comportamento dos consumidores quando forem lançados. Ou seja, predizer as atitudes e o comportamentos dos consumidores faz parte da estratégia de negócio e a identificação de tendências ajuda nessa capacidade de antecipação.
Poderia ser fácil se os comportamentos e atitudes se mantivessem. Contudo, essa não é a realidade dada a mudança nos consumidores – padrões de consumo, drivers, o que querem, quando e onde o querem, de que maneira desejam a sua presença.
As empresas têm de reconhecer essas mudanças: quando os consumidores mudam, influenciam o quê e como compram. Se for um número significativo, resulta numa revisão obrigatória do marketing e da estratégia de desenvolvimento. Se isso não acontecer, perdem. Se acontecer, mas de forma lenta em relação à concorrência, perdem quota de mercado.
A mudança do consumidor é um driver social e econômico. Tem efeito em cada setor e em cada nação. Tem um impacto enorme no lucro, nas estratégias e estrutura das marcas, nos produtos e mesmo nas indústrias.
A fase subsequente, que permite constatar que diferentes coisas para diferentes pessoas em diferentes contextos são a realidade – um movimento, uma direção, uma inclinação; um estilo atual ou uma preferência; um movimento ao lado do tempo de uma mudança detetada.
O objetivo do marketeer é, através da identificação das tendências dos consumidores, tentar selecionar as que irão conduzir a uma estratégia que fará a diferença entre lucro e prejuízo. É a monitorização das atitudes e dos comportamentos dos consumidores que vai prever o que os consumidores vão fazer ou pensar amanhã e como utilizar essa previsão na estratégia organizacional.
Como é que os comportamentos estão mudando? Como é que as atitudes dos consumidores estão mudando? Interessam ainda as mudanças resultantes das atitudes e comportamentos dos consumidores, percebendo se essas mudanças proporcionam retorno. Assim tendência é, como já vimos, uma mudança duradoura nas atitudes e comportamentos dos consumidores que oferece oportunidades de negócio.
Para entender melhor como as tendências agregam valor às marcas, confira a primeira (conceitos) e a segunda parte (modelo do diamante) desse projeto que busca analisar de maneira aprofundada o negócio de tendências.
Nos próximos posts: a influência e os benefícios das tendências na economia e no mercado de consumo.
CEO da Inova TrendsInnovation Ecosystem e professor da Fundação Dom Cabral (FDC), Hospital Albert Einstein e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).
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