A falta de intencionalidade nos planejamentos anuais acaba criando uma lista vazia de significado. Fuja disso com o exercício do obituário
Começo de ano é uma época de listar metas e prazos. Mas, antes disso, proponho que você responda a uma pergunta essencial: “Como quero ser lembrado?”
Essa é a base do exercício de obituário que compartilho aqui. Longe de ser um olhar mórbido, ele é um convite poderoso para refletir sobre o legado que você deseja deixar – e as ações necessárias para construí-lo.
O que você gostaria que as pessoas dissessem sobre sua existência? Sua liderança será lembrada por números ou por histórias de transformação? As pessoas citarão sua empresa como um exemplo de inovação, sustentabilidade e diversidade? Ou essas características passarão batido?
Planejar pode ser mais do que buscar metas. Não devemos apenas fazer planos, mas sim planos com intencionalidade, com propósito. Não é uma planilha vazia de significado. É plantar sementes de impacto e fomentar valores que moldem futuros mais inclusivos e justos.
Liderar é mais do que administrar. É imaginar, inspirar e cocriar.Pergunte-se: “qual mudança minha liderança pode alcançar?”. Esse é o momento de pensar além de resultados imediatos e traçar metas para criar estradas rumo a futuros desejáveis.
Em outubro de 2024, lancei o livro Ancestrais do Futuro. Todos os dias, recebo mensagens de leitores que compartilham como as reflexões e exercícios do livro os impactaram profundamente. Entre essas trocas, um exercício em especial que parece ressoar com muita força é, justamente, o obituário.
Uma leitora me contou que usou os exercícios para revisitar seu planejamento. Ela descreveu como foi transformador encarar as metas com um olhar que vai além do curto prazo e conecta escolhas diárias a valores mais amplos.
Essa experiência reflete o poder do planejamento intencional. Ele não é apenas sobre o que queremos alcançar, mas sobre quem queremos ser e o impacto que desejamos causar.
Seja no âmbito pessoal ou profissional, incorporar a intencionalidade no planejamento é um gesto revolucionário. Aqui está uma adaptação do exercício que compartilho em Ancestrais do Futuro:
Esse exercício é simples, mas transformador. Ele ajuda a se concentrar no que realmente importa e a alinhar nossas ações de hoje com o futuro que desejamos construir.
A essência da boa liderança é plantar árvores cujas futuras sombras nós talvez jamais aproveitaremos. Trata-se de trabalhar para que as gerações que virão possam dizer: “Chegamos aqui porque alguém teve a coragem de começar.” O início do ano não é apenas sobre planejar, mas sobre afirmar que o futuro importa e que temos um papel em sua construção.
Não se mede sucesso apenas pelo que você alcança, mas pelo impacto que você causa. Janeiro é a oportunidade de começar a construir um legado que vá além das metas anuais. Pegue sua caneta e escreva as primeiras linhas de um futuro que faça diferença para você e para os outros.
Ainda há tempo. O futuro espera por você.