As empresas podem aprender muito com o modo como funcionam os laboratórios aceleradores de inovação de um programa da ONU, o Pnud
Uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem missão abrangente e presença global, talvez não pareça o melhor lugar para empresas aprenderem novas técnicas para acelerar a inovação. Mas as aparências enganam. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), organização com 17 mil funcionários em 170 países, foca a solução dos problemas mais complexos do mundo – acabar com a pobreza, garantir saúde e bem-estar a todos, fornecer energia limpa e acessível e reduzir as desigualdades sociais, entre outras coisas, por meio de iniciativas locais, regionais e globais, com orçamento anual de US$ 5 bilhões. Em nossa pesquisa exploratória, descobrimos que o Pnud tem feito ações inovadoras bastante progressistas tanto em sua sede como em campo, construindo e sustentando uma das maiores redes mundiais de laboratórios de aceleração, 60 deles atendendo 78 países.
Assim, a agência oferece um exemplo extremamente instrutivo para as empresas. Estas costumam pensar na construção de um ecossistema para a inovação – e a maioria dos pareceres (baseados em pesquisas) foca os desafios e as oportunidades que surgem nesse cenário. O Pnud foi mais longe; criou uma rede de ecossistemas (os quais giram em torno de seus laboratórios). Promove conexões com parceiros locais e, ao mesmo tempo, ajuda os laboratórios a se coordenarem entre si. Em resumo, a agência está resolvendo o problema da aceleração com uma mentalidade de portfólio e empregando o poder do coletivo. E tem feito isso em uma escala sem precedentes.