A transformação acentuada dessa tradicional empresa ocorreu de 2014 para cá e se baseou num estilo de gestão “inquieto mas prudente”, em atuar como ecossistema e em inovar nas adjacências e além
Em 2118, quando a Votorantim completar 200 anos, a família empresária brasileira Ermírio de Moraes estará entre sua nona e décima geração. Como serão os negócios? Na verdade, não importa. Sejam eles como forem, quem fizer sua arqueologia provavelmente vai relacioná-los com o que começou a ser desenhado por ocasião do seu primeiro centenário, mais especificamente entre 2014 e 2020.
Essa holding, de R$ 30,9 bilhões de receita anual (dado de 2019), vem passando por um processo acelerado de mudanças nos últimos anos. Mudanças em dois atos – ao menos, até agora. O primeiro, encenado entre 2001 e 2013, contou, entre outras coisas, com os membros da família se retirando em definitivo da gestão dos negócios e a criação da empresa de venture capital e private equity Votorantim Novos Negócios (VNN), para investir em construção do futuro – em empresas de genética como Alellyx e Canavialis, e de tecnologia da informação, como a Tivit. O executivo Raul Calfat comandou esse ato à frente da holding, colocando os mais modernos instrumentos de governança à disposição do grupo.