A liderança digitalmente transformada lida com a queda de várias fronteiras entre as personas, como a pessoal e a profissional; a solução é a transformação digital afetiva
O brasileiro Carlos Brito, CEO da AB InBev, contou uma história a MIT SMR: “Sou muito pontual. Mas um dia cheguei 20 minutos atrasado para uma reunião com meu pessoal, coisa que nunca tinha acontecido antes na minha vida. Eles riram e aplaudiram. Eu fiquei, tipo, ‘O que vocês querem dizer com isso? Eu estou atrasado!’. E um cara disse: ‘Isso é ótimo, porque vemos que você é um cara normal. Não somos apenas nós que cometemos erros como esse, você também comete’. Fiquei surpreso com a reação deles. Mas acho que todo mundo se tornou mais humano com essa experiência.”
A pontualidade de Brito é lendária, e usualmente comparada à de uma máquina. Essa é a razão pela qual esse episódio é tão significativo: até alguém como Brito está sendo influenciado por um fenômeno que vem sendo chamado de “colapso do contexto”, que tem profundos efeitos sobre a liderança empresarial. Deixar aspectos pessoais atrasarem um compromisso profissional é um dos sinalizadores disso, e ainda mais forte quando ocorre com alguém pouco falível como Brito – tanto que ele relatou a história a pesquisadores do report Future of Leadership 2021.