As velhas iniciativas de promover o aprendizado das lideranças, em geral associadas a uma baixa percepção de valor, ganham uma alternativa metodológica – o strategic learning – e um novo cargo – o CLO
O modelo de treinamento ATUAL no mundo corporativo ainda é o do século 20 e está em xeque. Já sabemos que ele gera engajamento muito baixo, e que as empresas têm dificuldade em mensurar o retorno desse investimento. Em nenhum segmento esse insucesso é tão evidente quanto na educação executiva, que oscila entre dois extremos: de um lado, abordagens ultrapassadas, como o foco em quantidade de conteúdo sem aplicabilidade prática; de outro, modismos pouco efetivos, como palestras motivacionais.
No Brasil, ainda confundimos aprendizado com treinamento – um equívoco que vem de décadas, desde que a expressão inglesa “learning & development” (aprendizado e desenvolvimento) foi adaptada para “treinamento & desenvolvimento”. Nunca houve um questionamento efetivo dessa distorção e muito menos propostas de mudança.Questionar o modelo atual e propor novas experiências é o que temos feito. Aprender é diferente de treinar; é algo que precisa estar entranhado no tecido empresarial, a começar pelo CEO. Como tem sido exaustivamente discutido nesta revista e vale reafirmar, no atual contexto de rápidas transformações, vencem as organizações capazes de acelerar suas capacidades de aprendizado para fazer frente aos desafios inéditos de gestão que se apresentam.