PILOTO AUTOMÁTICO 16 min de leitura

Também a síndrome do “não foi inventado aqui” é automação

Há muito se sabe que o preconceito contra ideias de fora da organização ameaça a inovação. O que poucos entendem é que se trata de uma programação cerebral como outra qualquer; uma que nos faz autômatos. A boa nova? Nudges da economia comportamental podem desprogramar até os mais resistentes

Rolf-Christian Wentz
Rolf-Christian Wentz
30 de setembro de 2024
Também a síndrome do “não foi inventado aqui” é automação
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Quando eu trabalhava como diretor-geral da subsidiária alemã da SC Johnson, multinacional americana de produtos de higiene e limpeza, testemunhei essa síndrome em ação. O caso foi que a matriz deu pouca atenção a uma inovação em um dos nossos produtos mais conhecidos: o aromatizador de ambientes Glade.

Uma subsidiária asiática lançou uma versão diferente, o Brise One Touch, aquele aromatizador que se fixa na parede e é acionado com um toque. A matriz não deu bola, aparentemente porque havia um viés que favorecia as inovações criadas nos Estados Unidos. Mas, por acaso, o produto asiático chamou a atenção da subsidiária alemã, e nós lançamos o produto após fazer pequenas adaptações. Foi um grande sucesso: alcançou a liderança no mercado local nessa categoria, com uma participação de 50%, e teve um bom desempenho em outras praças.

Quando não recorrer ao piloto automático
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Rolf-Christian Wentz
Rolf-Christian Wentz
Rolf-Christian Wentz leciona na RWTH Aachen University (Alemanha), como membro do Institute for Technology and Innovation Management. Por duas décadas, atuou em empresas como Procter & Gamble e SC Johnson.

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