O Líder em Transformação, de Daniel Martin Ely, chegará ao mercado no final de setembro propondo uma jornada de mudança que moldará o líder requerido pelas organizações nos novos tempos. A jornada vem atualizar a bagagem de competências e estratégias para atender às demandas da era digital
Lembra-se de quando existiam apenas duas categorias de problemas – os simples de resolver e os complicados? E que, nos dois casos, havia receitas e modelos testados e aprovados para serem aplicados? Pois já não é mais assim. Por essa razão, quase ninguém precisa de mais um livro sobre conceitos de liderança clássicos. Precisamos, isto sim, de um livro com novos conceitos de liderança e a prática de liderar, que hoje consiste em experimentos, hipóteses, soluções colaborativas e outros elementos que não faziam parte da caixa de ferramentas do gestor até alguns anos atrás.
Como conta o autor, Daniel Martin Ely, as primeiras ideias para o livro O Líder em Transformação surgiram em meados de 2020, em meio às incertezas da pandemia de covid-19. Foi quando ele aprofundou suas reflexões sobre as mudanças no mundo do trabalho em um contexto maior de transformação digital e cultural. Foi também quando ele passou a se fazer mais e mais perguntas sobre o que está cada vez mais sendo exigido dos líderes dentro das organizações.
Primeiro, conheça a história de transformação de um bem-sucedido executivo tradicional – Daniel Martin Ely, 49 anos, com quase três décadas de trabalho corporativo e há 18 anos na Randoncorp, um conglomerado de 32 unidades industriais com sede em Caxias do Sul, na serra gaúcha, hoje na posição de vice-presidente executivo e COO.
Ely teve de se reinventar duplamente: no campo pessoal, em função do diagnóstico de autismo de sua filha Sophia, e no profissional, para enfrentar a transformação digital – na essência, uma transformação cultural – em curso.
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Na ocasião, Daniel Ely estava lendo o livro The Future is Faster Than You Think, do bilionário americano e fundador da Singularity University Peter Diamandis. Por que o futuro é mais rápido do que pensamos? Porque, como Diamandis ressalta, além de estarem crescendo de maneira exponencial, as novas tecnologias vêm convergindo velozmente, influenciando profundamente as pessoas e abrindo possibilidades quase infinitas para os negócios. “Foi com esse insight que o espírito de transformação tomou conta de mim”, diz Ely.
Este livro inicia com desafios e dores reais de gestores oriundos de uma escola tradicional de desenvolvimento. Na sequência, compartilha alternativas e hipóteses de como alguns desses desafios foram resolvidos sob uma nova lógica de pensar e agir. E, por fim, identifica quais das teorias contemporâneas de liderança estiveram ali presentes. Trata-se de um roadmap de transformação, na forma de bússola, com quatro pilares básicos e as cinco ações estruturantes de um processo de transformação.
Uma das crenças que têm acompanhado Ely nos processos de mudança é a de que não se faz mais nada sozinho – “o resultado é melhor quando buscamos conexões”, diz ele. Ao falarmos em transformação digital, não estamos nos referindo a soluções ou produtos digitais, mas ao desenvolvimento de uma nova mentalidade e novas formas de trabalho dentro das nossas organizações. Exige, antes de tudo, uma mudança de cultura, que vai permitir o acompanhamento e a utilização dessas tecnologias exponenciais.
Precisamos ter em mente que a tecnologia não transforma nada; são as pessoas que a aplicam que provocam as transformações.
A complexidade do mundo demanda dos líderes empresariais novas formas de pensar e agir, formas sobretudo coletivas. O cenário os desafia a experimentar mais e a buscar soluções com várias cabeças.
Olhando para o novo cenário com a perspectiva de um líder dentro de uma organização, Ely entendeu a mudança-chave: se as mudanças nas empresas tinham data marcada para serem anunciadas, quando se reunia toda a equipe, agora elas acontecem todos os dias e a toda hora; “a equipe tem que pegar o novo no ar e fazer as conexões”. Os avanços, até então feitos de modo incremental, passaram a ter de ser exponenciais, exigindo saltos dos envolvidos.
Então, Ely começou a se questionar sobre se estava se reinventando o suficiente para a nova realidade. E acabou com um novo conjunto de crenças. A primeira delas é a de que não há mais como conduzir esses processos de negócios individualmente. “Precisamos atuar com modelos em redes, com alto nível de conexão e aproveitamento das diversidades e potencialidades de cada um, ressignificando a inovação dentro das nossas organizações”, diz ele. A segunda é a da necessidade de transformar os bons gestores em verdadeiros líderes, já que precisam potencializar as equipes para as mudanças. Isso é, em sua visão, um resgate da essência da liderança.
Como diz o autor de O Líder em Transformação, a nova onda da competição, antes de ser uma marolinha, é um tsunami. Se, dentro de um CNPJ, um CPF ainda não compreendeu isso, precisa fazê-lo o quanto antes. Se já compreendeu, deve dar o primeiro passo, que é promover a própria mudança. Isso porque um fenômeno acontece com todos os que se transformam, na visão de Ely: o impulso de ajudar outros a se transformarem, seja a organização onde atua, sejam entidades de classe e o setor público, continua espraiando-se em todo ecossistema de negócios onde está. “A aventura nesse mundo novo, repleto de desafios e oportunidades, está apenas começando”, diz Daniel Ely.
Prefácio de Daniel Randon, presidente da Randoncorp.
Posfácio de Sandro Magaldi, coautor do best-seller A Gestão do Amanhã.